sexta-feira, 31 de março de 2017

Produção industrial do Japão sobe 2% em fevereiro; desemprego cai para 2,8%

Resultado é atribuído à alta na demanda por produtos japoneses no exterior
Produção industrial do Japão

A produção industrial japonesa subiu 2% em fevereiro em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria nesta sexta-feira. O resultado é atribuído à alta na demanda por produtos japoneses no exterior.

O dado de fevereiro ficou acima da mediana das previsões dos economistas consultados pelo jornal “Nikkei”, de alta de 1,2%, e com sinal invertido em relação à queda na produção de 0,4% verificada em janeiro.

O ministério manteve inalterada sua avaliação da produção, afirmando que ela apresenta viés de alta. Já os economistas dizem que a produção japonesa está crescendo à medida que a economia mundial se recupera e as empresas japonesas reduzem os estoques.

No ano passado, os estoques atingiram seu nível mais alto desde 2009. Em fevereiro, tiveram crescimento de 0,9% sobre o mês anterior.

De acordo com uma pesquisa incluída no relatório, os fabricantes esperam queda da produção em março e aumento de 8,3% em abril.

Inflação e empregos
O governo japonês também divulgou nesta sexta-feira dados sobre inflação e empregos no país. Apesar do mercado de trabalho mais forte em mais de duas décadas, a inflação do Japão permanece próxima de zero e os consumidores continuam a gastar menos, sublinhando os contínuos desafios dos esforços do primeiro-ministro Shinzo Abe para elevar o crescimento.

Enquanto a taxa de desemprego da nação caiu para o nível mais baixo desde junho de 1994, o índice nacional de preços ao consumidor (CPI), que exclui os alimentos frescos, subiu apenas 0,2% em fevereiro ante o mesmo mês de 2016, informou o governo nesta sexta-feira.

A inflação de fevereiro veio em linha com a mediana das previsões de um grupo de economistas consultados pelo jornal “Nikkei”.

O segundo mês consecutivo de subida de preços deveria dar ao Banco do Japão a esperança de que os preços estão se firmando, após o registro de deflação em 11 dos 12 meses de 2016. No entanto, o aumento reflete principalmente uma recuperação dos preços globais do petróleo e, ainda assim, muito longe da meta do BoJ, de gerar uma inflação firme de 2%.

Banco central e governo dizem que acabar com uma espiral de queda de preços e salários é necessário para que a economia do Japão cresça a um ritmo mais rápido.

Alguns economistas dizem que um mercado de trabalho mais apertado deve ajudar a elevar a inflação, uma vez que as empresas são forçadas a pagar mais por um menor estoque de mão de obra disponível.

O desemprego caiu para 2,8% em fevereiro ante 3% em janeiro, mas os gastos das famílias também fraquejam, recuando 3,8% em fevereiro, sendo o 12º mês de queda consecutiva nesse indicador.

Os dados mais recentes também mostraram que havia 143 empregos para cada 100 candidatos em fevereiro, inalterada em relação a janeiro - o melhor índice no mercado de trabalho desde junho de 1991.

Alguns economistas argumentam que o aumento do número de mulheres e trabalhadores idosos que se juntam à força de trabalho impediu o crescimento dos salários e a inflação, porque esses trabalhadores recebem menos.

Enquanto isso, os funcionários assalariados de tempo integral receberam apenas ganhos de remuneração modestos, apesar dos lucros corporativos recordes.
Fonte: Alternativa

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